OS TRÊS DEFICES
AS GOLPADAS
A ORIGEM DOS “BONS” EXEMPLOS
Quando um défice surge à luz do dia, o normal é que não seja o único. Pode perfeitamente invocar-se a associação de ideias de que um mal nunca vem só! Na maioria dos casos os défices nunca são virtuosos, logo não passam de males em si mesmos!
Está na ordem do dia a polémica do combate ao défice crónico do Orçamento de Estado e respectivo
gigantismo. Os governos já esgotaram a panóplia de expedientes criativos para maximizarem a
situação anómala, driblando os controles que supostamente existem para regularem os equilíbrios
dos quadros macro económicos. A Assembleia da República reduz a sua acção à componente
politica. Até que de fora nos seja imposta a regra do equilíbrio mínimo!
O Governo deve subtrair parcelas importantes dos seus gastos. E como regra não deve assumir
responsabilidades que não tem capacidade de honrar! Não é capaz! O défice é uma marca do
Estado que já se tornou um cancro nacional!
Seguindo o exemplo do grande “polvo” estatal deste reino, o poder iluminado da vida nacional,
exorcizador de todos os liberalismos tentados, a Balança Comercial também é deficitária!
E vão dois! O Estado gasta mais que o plafond disponível e, o país importa mais do que exporta à
razão de dois para um. É uma máquina de endividamento externo! Atente-se para a quantidade
de coisas que importamos que podiam ser produzidas cá. E em muitos casos é suposto produzirmos,
mas que com a colaboração da fiscalização económica, nunca chegam ao mercado, sendo as
comparticipações do governo encaminhadas para a importação. Os alemães adoram dar-nos 100
desde que o país lhes compre 1000 em automóveis, submarinos, etc!
Mas não ficamos por aqui, em terceiro lugar temos a descapitalização das empresas em larga
escala, poupadas ao cumprimento da lei, nomeadamente o artigo 35º do Código Comercial, que
obriga os sócios a cobrirem as perdas de exploração ou a procederem à liquidação das firmas.
As empresas vivem em insuficiência epidémica, maximizando dividas pelo maior número de
agentes económicos até ao estrangulamento mestre final. Trata-se de uma doença degenerativa que
drena recursos de todos os fornecedores com que se relaciona. É uma pandemia que exige
transparência por parte das autoridades financeiras! É necessário que a informação financeira
seja publicitada em tempo real!
O Estado trata de acautelar os seus interesses, mas não dá aos particulares as mesmas armas nem
rapidez de acção para evitarem ou recuperarem das golpadas! A golpada é hoje a grande indústria
nacional! Não é a evasão fiscal! Francamente, estejam atentos à quantidade de golpistas que faz
compras no país e não as paga, desaparecendo em Espanha ou em Angola, ou participando no rol
dos caloteiros, tanto dá! Fazem uma razia nas Empresas e nos impostos!
Afinal os bons exemplos vêm de cima! A cadeia da credibilidade está quebrada pelos piratas dos
défices! Os défices são o grande motor do incumprimento nacional! Homens de Estado precisam- se!
Homens maiores e menos Estado!
http://www.nogueirabaptista.com/
Texto claro e objectivo da nossa realidade, Portugal merecia melhores políticos, Homens de Estado como diz o autor, parabéns ao Nogueira Baptista, nosso companheiro FALCÃO da CART 3450.
Sem comentários:
Enviar um comentário