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A preparação para a revolta protagonizada pela União das Populações de Angola (UPA) começou nove meses antes do 15 de Março de 1961, data em que rebenta a guerra colonial. Os activistas da UPA tinham em Lucunga (junto da fronteira do ex-Congo belga) o seu “santuário”. Ao longo dos nove meses de preparação, os activistas da UPA montaram um plano para recolherem dinheiro para a sua causa, usando a Igreja para a recolha do mesmo. Contavam ainda com o apoio do corpo expedicionário tunisino, que através dos Kapussete fornecia armas aos guerrilheiros, e desenvolveram uma linguagem em código utilizada só entre eles.
Porém Portugal duvidava que algum angolano fosse capaz de apontar uma arma ao colono branco (apesar dos muitos sinais), acreditando antes que se tratava duma ofensiva estrangeira contra a presença portuguesa em África.
A 4 de Fevereiro de 1961 é iniciada uma rebelião por outro grupo independentista angolano, o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) em Luanda. Mas seria numa operação mais organizada que o terror eclodiria efectivamente em Angola.
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In "Ervilha efervescente"
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