Lucunga faz sabão com óleo de palma
Milton EduardoUíge - 08 de Abril, 2011
A imagem documenta uma pequena amostra do que está a ser produzido
Fotografia: Manuel DistintoUíge -->
Angolanos regressados da República Democrática do Congo, instalados na comuna do Lucunga, município do Bembe, província do Uíge, estão a fabricar sabão para uso doméstico. O produto tem como principal matéria-prima o óleo de palma, produzido na região.
Garcia Dongala “Mestre Bruno”, líder do grupo, disse na quarta-feira que o fabrico deste detergente se deve às experiências obtidas naquele país vizinho, onde ele e alguns membros do grupo viveram durante muitos anos. Referiu que, além do óleo de palma, é também necessário juntar alguns produtos químicos, como soda caustica, titânio, perfume bruto, entre outros que facilitam o fabrico do sabão em grandes quantidades.“Não podemos fabricar muito sabão para o consumo da população local e da província em geral, porque debatemo-nos com dificuldades financeiras, para podermos adquirir a matéria-prima que necessitamos. A pouca que trouxemos do Congo só nos permitiu apresentar a amostra daquilo que sabemos e podemos fazer”, disse mestre Bruno.
Segundo o fabricante, são necessários entre 15 a 20 mil dólares para o fomento desta actividade, que pode contribuir também para o desenvolvimento da comunidade, com a criação de vários postos de trabalho. “Queremos que o governo ou as pessoas de boa fé nos ajudem, para podermos levar para a frente esta actividade”, disse Garcia Dongala, referindo que pelo menos 15 ou 20 mil dólares seriam suficientes para dar início ao processo de fabrico de sabão de marca “Bruno”, a partir da comuna do Lucunga. “Queremos contar com o apoio dos bancos, que podem financiar o nosso projecto, porque é possível criarmos, aqui, uma grande unidade fabril de sabão, mas necessitamos de apoios financeiros”.
O administrador comunal do Lucunga, Kiangani André Miguel, afirmou que o produto é de boa qualidade. “É um grupo de pessoas que aposta no fabrico de sabão, mas, por falta de matéria-prima, estão com dificuldades para desenvolver esta actividade, que pode contribuir para o desenvolvimento da comuna”, concluiu.
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