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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Juíza do Lucunga-Reforma educativa



‘Coloquem um ponto final nisso’
Foi bastante cuidadoso em não se identificar, de tal forma que quase confundiu esta equipa de reportagem com o nome de «Chagas da Reforma», não fora a sua astúcia para continuar com o discurso crítico em relação ao actual sistema de ensino.
“Chega de reforma, chega de reforma educativa e coloquem um ponto final nisso, porque não está a ajudar, mas sim a prejudicar,” reiterou entristecido, justificando o que defendia por duas razões que considera como muito pontuais, e que se prendem com a falta de salas de aula e de professores especializados em disciplinas como Educação Musical, Educação Física, Formação Manual Politécnica, línguas estrangeiras e outras que preferiu não citar. Na verdade, a implementação da Reforma Educativa previa, de forma antecipada, a capacitação dos professores com subsídios psico-pedagógicos, científicos e afectivos novos e adequados ao novo sistema de ensino, bem como a disponibilização de meios suficientes aos artistas do saber, para que se pudesse evitar quaisquer transtornos.
Outra preocupação levantada foi o facto de alguns conteúdos importantes terem desaparecido da dose lectiva da 3ª e 4ª Classes, “As classes de passagem como a 1ª, 3ª e 5ª Classes, para o nível primário, aparecem como outro transtorno para o trabalho do professor sem meios, a quem a reforma exige competência para capacitar os alunos a beneficiarem de tal condição de forma justa, isso para além de pôr Pedro Almeida, Soba do Lucunga.
Segundo moradores, estas estruturas pertenciam a comerciantes portugueses na época colo Maria Manuela, juíza.
o país os alunos relaxados”, pontualizou o educador, referindo ainda a superlotação das turmas nas escolas, quando o número máximo de estudantes na sala de aulas deveria ser entre 35 e 45.
Três turnos
A opção dos três turnos não poupou a lista de solução dos responsáveis do ensino no Lucunga. Como em alguns municípios de Luanda, como Viana e Cacuaco, os “lucunguenses” decidiram ter o primeiro turno entre as 8 e as 11 horas, sendo que o segundo ocorre das 11 às 14. O último começa por volta das 14h:30 e termina às 17 horas e 30 minutos, porquanto na região escurece muito antes das 18 horas, sobretudo no tempo de Cacimbo.

Estrada em mau estado


Chama-se Maria Manuela, é juíza e está destacada no órgão de justiça da sede da província do Uige. Na ocasião das festividades do Bembe chamou a atenção das pessoas pelo facto de ter estado sempre disponível, colocando também ao dispor a sua viatura ligeira de Marca Chevrolet-Aveo LT, mesmo quando, por cansaço ou por outro imperativo, conduzido por outra pessoa da ANA-BEMBE, associação de que faz parte, desde muito recentemente, por ser originária da comuna do Lucunga, município de Bembe, a primeira capital da província do Uige.
Entretanto, apesar da máxima vontade que demonstrava para ajudar a ultrapassar todos os obstáculos, Maria Manuela viu-se impedida de avançar para o bairro de Quindundo, a mais de sete quilómetros de estrada defeituosa, onde a comitiva do governo provincial e a equipa da administração, sob o olhar de alguns integrantes da Associação dos Amigos e Naturais de Bembe, havia de inaugurar um posto médico.
A juíza ficou-se pela sede comunal de Lucunga, a terra que a viu nascer. Por causa disso, a senhora das leis desabafou: “Se queremos ter saúde de verdade, é necessário começar por arranjar as vias e os meios de comunicação”, referindo que já havia dois dias e meio que não conseguia comunicar com ninguém por telefone, devido à falta de sinal, em toda a extensão do município.
Alberto Bambi
18 de Julho de 2011

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