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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Escola Prática de Artilharia

Foi em Vendas Novas, na Escola Prática de Artilharia que, durante 6 meses, aprendi a ser "artilheiro", apesar da falta de jeito para a arte, lá me safei... com uma G3 nas mãos.

No Alentejo, na época, havia searas, ranchos de ceifeiras. As máquinas eram poucas, prevalecia o trabalho duro e braçal sob o sol escaldante da planície.
Há coisas que nunca esquecerei, o cantarolar das mulheres, os passos cadenciados na madrugada, a caminho do trabalho, enquanto isso, aguardávamos no "Matador" o início do treino de orientação.
Ao fim de tantos anos, tudo acaba no meu país, não há searas no Alentejo que, deixou de ser o celeiro de Portugal...estamos mais pobres e dependentes.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A goiabeira



A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma pequena árvore frutífera tropical.
O fruto é constituído de uma baga, carnoso, casca verde, amarelada ou roxa, com superfície irregular, cerca de 8 centímetros de diâmetro.
Existem duas variedades: a branca, de casca esverdeada e interior amarelo-esverdeado pálido e a vermelha, de casca amarelada e interior rosado.
De um modo geral, não tem muito açúcar e quase nenhuma gordura, sendo indicada para qualquer tipo de dieta e, de preferência, deve ser comida crua. É contra-indicada apenas para pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou com problemas intestinais.

Quando andávamos na mata, comendo rações de combate, tínhamos na generalidade, obstipação.
Para mim, o melhor remédio, era comer goiabas que, na região do Lucunga eram mato, principalmente, na margem esquerda do Coji.
Como as goiabas eram pouco atractivas, o pessoal não as comia, preferindo as magas ou as bananas.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Os povos de Angola

No princípio da comissão, o 4º GC da CART 3451, ficou na Damba, reforçando a actividade da CCS. Nessa altura, fizemos várias saídas, a povos recônditos como o Quinjingo e Tema nessa altura, encontrámos povos em estado muito primitivo.

Ao chegarmos ao Quinjingo, não havia população, foi aparecendo lentamente, gente com muitos ornamentos, coisas espetadas no nariz, orelhas, queixos, etc.
As crianças aproximavam-se da tropa, disputavam as latas vazias da ração de combate, descobri que o faziam porque as usavam para fazer uma espécie de candeeiro de iluminação.
Foram enriquecedoras essas primeiras saídas, vivi e apreciei situações diferentes, da África profunda. As pessoas eram afáveis e pacificas apesar do isolamento do mundo civilizado.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A realidade de Luanda




Saber mais um pouco sobre Luanda e a sua realidade!!

Antes de verem os projectos para a nova Baía de Luanda leiam o texto do jornalista brasileiro Bruno Garschagen.
Luanda é um luxo para poucosVISTO DE FORALuanda é um luxo para poucos, por Bruno GarschagenA revista "Foreign Policy" saudava Angola por seu "espectacular crescimento económico". Estive em Luanda no final da semana passada e o que vi foi um estado policial e muita misériaVocê reconhece essa nação? O título da publicidade em formato de reportagem que a revista "Foreign Policy" publicou em sua edição de Maio/Junho saudava Angola por seu "espectacular crescimento económico". Por sua segurança e estabilidade política. Por seu poder regional para promover a paz. Quem pode duvidar de um país turbinado pela indústria petrolífera?Estive em Luanda no fim da semana passada para uma série de encontros pelo OrdemLivre.org, o programa lusófono da Atlas Economic Research Foundation em parceria com o Cato Institute. É a cidade mais cara em que já pus meus pés. Não há calçadas para pôr os pés. Não há espaços nas ruas para tantos carros. Os veículos novos e importados driblam o tráfego intenso e a miséria que bate nos vidros em busca de clientes para produtos chineses de marcas famosas. Ou de uma mera esmola que drible a fome.Luanda parece recém-saída de um terramoto. Construções decadentes são a moldura trágica para os poucos prédios novos e para as construções em curso. O lixo espalha-se no chão como folhas da relva. A cidade cheira mal. O transporte público é precário. Autocarro é um luxo reduzido e irregular. Não há táxi. Quem tem dinheiro aluga um carro com motorista. Quem não tem anda espremido em carrinhas lotadas. Ou a pé. Foi o que fiz. Os pobres de Luanda vagam pelas esquinas. Grupos de homens concentram-se em vários pontos da capital. Os trabalhos disponíveis exigem qualificação.Muitos deles nem sequer sabem ler ou escrever. A taxa de iliteracia é de 32,6%, segundo o CIA World Factbook.Luanda é um estado policial. É mais simples obter um visto de entrada para a China comunista. Quase mediram meu crânio e contaram meus dentes. No aeroporto, os sempre gentis funcionários da imigração olham com aquele semblante de vampiro esfomeado. No hotel, um formulário do governo solicita-me informações pessoais e objectivo da visita. Um gesto de boas-vindas um tanto excêntrico. A despedida? Guardas no aeroporto confiscaram todas as notas da moeda local. Não, não deram factura.Estabilidade política? Como não? O presidente José Eduardo dos Santos está no poder desde 1979. Não vejo outra forma de garantir a estabilidade do que se manter no poder durante 30 anos. E daí? Vendo fotos de Luanda na década de 1970 e lembrando o que vi pessoalmente há alguns dias é impossível não pensar nas virtudes da estabilidade adquirida naquele país por aquela elite política.Parte do país vai muito bem, obrigado. Mora em condomínios fechados afastados da miséria do centro. São os beneficiários do "espectacular crescimento económico" que perverte a ideia de um desenvolvimento cuja riqueza permite que grande parte da população saia da miséria.O estado angolano exerce o monopólio da actividade económica e decide quem poderá desfrutar das benesses do sector petrolífero. O mercado, lá, não existe. Na lista de 141 países do Índice de Liberdade Económica do Fraser Institute, Angola aparece na penúltima posição. Notável.As riquezas naturais de um país sob um governo autocrático funcionam como um muro perverso entre o Estado e a sociedade. Se o orçamento do governo não advém da riqueza produzida pela sociedade, a população perde o poder de pressão sobre a elite política. É convertida num estorvo que deve ser controlado.A população ainda carrega no espírito e no corpo a desolação da guerra civil, encerrada há apenas sete anos. A riqueza exibida pelos poucos é um apelo muito forte entre os jovens desafortunados. É natural que prefiram integrar a elite a lutar por mudanças políticas que beneficiem os indivíduos e não apenas um grupo protegido pelo Estado. Mas há uma minoria que nos permite alimentar a esperança, mesmo que a longo prazo, de reforma do statu quo. São estudantes, professores, jornalistas, advogados, intelectuais, que trabalham de forma isolada ou articulada para "desprivatizar" o governo angolano. São indivíduos que, no futuro, poderão repetir a mesma pergunta sem qualquer ponta de ironia: "Você reconhece essa nação?"



Jornalista brasileiro e mestrando em Ciência Política e RelaçõesInternacionais no INSTITUTO ESTUDOS PORTUGUESES/UNIVERSIDADE COIMBRA (IEP/UC)


(o filme"anúncio"/propaganda, virá depois do anúncio do site)http://videos.sapo.pt/g5vqzlNay0ZhDY5aTz5n

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Miss Angola 2010 - Jurema Ferraz

Vamos entrar em 2011 que, se espera difícil. Assim, para empolgar o pessoal duma companhia de artilharia, como a CART 3451, nada melhor que a miss Angola 2010, uma mulher bem artilhada, capaz de empolgar qualquer bom atirador de artilharia.

Numa passagem por Luanda, fui com outros companheiros a um cabaret, na baixa da cidade, depois duns whiskys, começou a esperada sessão de "streep teese".
"A artista" foi-se despindo de forma conveniente, empolgando os presentes, na maioria militares vindos da mata, às tantas, chegou o momento crítico, a última peça, para espanto de todos, era um artista com a "salada a badalar", foi o fim da macacada...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A água no Lucunga

Na foto ,o Firmino (Miko), tomava alegremente o seu banho, provavelmente, a água canalizada tinha chegado ao Lucunga.

A nossa actividade era muito penosa, sem água era horrível, chegávamos muitas vezes de colunas, cobertos de pó e não tínhamos água para tomar banho.
Recordo-me, depois duma coluna, com pó por todos os lados, só a zona dos óculos estava limpa, não havia água. Tive de me limpar com uma toalha e dormir assim.
Para quem estava habituado a condições básicas de vida, a falta de água, constituía uma violência enorme, sentia-me revoltado também com estas situações...

O poder instituído roubou-nos os melhores anos da nossa juventude, penalizou-nos com tantas situações de penúria...afinal, por conta de coisa nenhuma.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Natal 2010


Para todos os "FALCÕES" do Lucunga, Chimacongo, Damba e Mucaba, para aqueles que passaram pelo Lucunga, a todos em geral que, visitam o nosso blogue, UM FELIZ NATAL E UM 2011 CHEIO DE COISAS BOAS, são os votos do companheiro Luís Cabral.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A fauna na zona do Lucunga


O elefante-africano (Loxodonta spp.) é o maior dos dois tipos de elefante existentes. Distingue-se pelas orelhas maiores, uma adaptação às temperaturas mais elevadas, e pela presença de presas de marfim nas fêmeas, com cerca de 70 kg cada uma. Além disso, o elefante-africano tem 3 unhas nas patas traseiras e 21 pares de costelas.
O elefante-africano atinge os 3,50 metros até o nível da cernelha e 6 metros de comprimento, sendo o maior mamífero terrestre existente na actualidade. Um adulto necessita de cerca de 250 quilogramas de alimento e 160 litros de água todos os dias.

Quando estávamos estacionados no Coji, eramos visitados por imensos animais, nomeadamente elefantes.
Pachorrentamente, passeavam-se perto de nós, comendo a vegetação verde. A sua força era enorme, arrancavam ramos das árvores para comer os rebentos.
São animais imponentes, uma vez, assistimos à correria duma manada, que fez tremer a terra e nos provocou grande espanto e susto.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

As margens do Coji

Nesta foto, podemos apreciar o Firmino (MIKO) a operar com o rádio, provavelmente estava a ligar para "casa" já que, a sua tarefa era a enfermagem. O sítio é seguramente as margens do Coji.
Mais perto de perfil, temos o Malaquias, mais longe o Salvador, o outro companheiro parece-me o Abreu.

O Coji era e deve continuar a ser, um rio barrento, com margens cavadas, caudal forte e muito povoado de peixes, cobras e outra bicharada.
Um dia, um companheiro resolveu pescar, usando uma corda e a servir de anzol, um alfinete de dama. Os peixes eram enormes, óptimos para filetes...com um saco de linhagem, a servir de camaroeiro e os restos da comida, de isco, apanhavam-se lagostins que, depois de cozidos acompanhavam as Cucas e Nocais, tristemente quentes...no entretanto, para matar o tempo, lá íamos jogando à "batalha naval".

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"OS FALCÕES"


Falcão é o nome genérico dado a várias aves de rapina da família Falconidea. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o facto de terem evoluído no sentido de uma especialização no voo em velocidade facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o facto dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias, estepes e desertos. Os falcões podem ser identificados, aliás, pelo facto de não planarem como outras aves de rapina.
Também nós CART 3451, éramos FALCÕES jamais, aves de rapina. No campo social, a nossa acção, foi de grande apoio às populações da zona da Lembôa e do Lucunga. O pessoal da 3451 cumpriu exemplarmente a sua missão.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Os FALCÕES voam longe


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Estou contente, o nosso blogue está a chegar aos 8.000 acessos. Nasceu em Janeiro de 2010 e a contagem começou em meados de Março. A proveniência dos visitantes é de todo o lado. Da Suécia à África do Sul passando naturalmente por Angola, de New York a Singapura passando por Moscovo e Tóquio, fantástico...os FALCÕES voam longe.

Há muitos companheiros a viver no estrangeiro, recordo-me do Costa, a viver nos EUA, o Agostinho na Suíça, o Machado na Bélgica, o Cardoso (Beka) vem regularmente ao blogue, está em Angola...grandes FALCÕES.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A CUCA e a NOCAL



Mais uma data festiva, a "CUCA" e "NOCAL" abundavam na mesa, o calor era muito e a sede apertava.

Da esquerda até ao centro, onde está o Bicho temos; Correia, Brás, Lopes, L. Cabral, Teixeira Lopes e Patrício
Da direita até ao centro; Reis Pinto, Coelho, Cipriano, Firmino, Carvalho "Doutor", Cascais e Pires Nazaré.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os retornados do Lucunga


08-12-2010 15:39


Uíge


Mais de 500 chefes de família assistidos com bens diversos na comuna de Lucunga
Bembe - Quinhentos e trinta e oito chefes de famílias reassentados na comuna de Lucunga, município do Bembe, província do Uíge, foram assistidos em bens diversos, num gesto do Alto Comissariado das Nações Unida para os Refugiados (ACNUR), no âmbito de ajuda e solidariedade para com as famílias vulneráveis.

Consta dos bens entregues pela direcção provincial da Assistência e Reinserção Social chapas de zinco, enxadas, catanas, limas, picaretas, kits higiénicos e de materiais de construção, cujas quantidades não foram reveladas.

O chefe do departamento provincial do Uíge de Assistência e Promoção Social da direcção local do Minars, Simão António, que procedeu a entrega dos bens, realçou que apesar de ser insuficiente o donativo visa apoiar as famílias que já ergueram as suas casas, mas que carecem de chapas para a sua cobertura.

Simão António lembrou que para além do apoio das organizações não governamentais, o MINARS tem implementado vários projectos que visam melhorar as condições de vida dos reassentados, com realce para o de auto-construção dirigida, o de geração e renda, assim como a criação de cooperativas no seio das famílias vulneráveis.

Por seu turno o administrador da comuna de Lucunga, Kiangani André Miguel, agradeceu o gesto do Acnur, realçando que os bens vão minimizar a carência da população e aconselhou os beneficiários no sentido de utilizarem com maior poupança.

O município do Bembe controla dois mil e 596 pessoas reassentadas nas duas comunas, Lucunga e Quimaria, e nas regedorias e aldeias.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os mercados



Quando estávamos na Lembôa, fazíamos muitas protecções a mercados. O maior era o do povo Banza Damba.
Os comerciantes compravam os produtos indígenas, principalmente café, feijão e outras leguminosas.
Funcionava a troca directa, o comerciante quando pesava os produtos, emitia a famosa "Mukanda", o papelinho que o produtor utilizava para resgatar alguns bens na "quitanda" do comerciante.

Aconteceram muitas histórias nas protecções dos mercados, numa delas verifiquei que, os pesos da balança decimal, tinham chumbo nos buracos, fiquei indignado. Chamei a atenção para o facto, ao chefe do posto administrativo que, desvalorizou o assunto. Mais tarde, o comandante disse-me que, estávamos ali para dar protecção, não para nos imiscuirmos em assuntos administrativos...roubalheira.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Machado+Miko+Lopes

Mais uma foto do Miko, nela temos da esquerda para a direita; o Machado, um menino do Lucunga, o Miko e o Lopes.

Já contámos a história da mina nas barbas do Lucunga em que, o condutor Machado numa atitude de incrível perspicácia e rapidez, desviou para o capim, o Honimog em que seguiam 9 companheiros.
Este grande FALCÃO voou para longe, pensamos que vive na Bélgica, esperamos revelo no próximo encontro.
O FALCÃO da direita, o Lopes, bom companheiro, deve viver em Cabo Verde, nunca mais tivemos notícias dele, esperamos que esteja bem.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A nota do Fafe


Os 20 escudos (angolares) que podemos apreciar, em óptimo estado de conservação, são do Fafe. Uma das primeiras notas que recebeu em Angola e resolveu guardar.

A economia angolana, na época, era fechada, havia dificuldade na importação de certos bens, procurava-se estimular o desenvolvimento interno, levando à criação de industrias. Antes do 25 de Abril, criavam-se empresas para suprir a falta de certos bens, vivia-se em prosperidade. Após a independência, com a fuga dos colonos, tudo se alterou. A guerra civil, provocou o caos, a destruição do país. Agora, finalmente em paz, vive-se em franco desenvolvimento, todos esperam que a divisão da riqueza nacional seja, justa... o povo de Angola merece.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Malaquias-Firmino (Miko)-Ferreira


Companheiros do 4º GC, da esquerda para a direita; Malaquias, Firmino (Miko) e o Ferreira.
O que será feito do Malaquias e do Ferreira ? Temos uma morada do Malaquias em Lisboa, tentámos contactá-lo por carta e pelo telefone mas, não obtivemos sucesso. Do Ferreira nada sabemos, provavelmente está em Cabo Verde. Gostaríamos muito de rever estes bons amigos e companheiros, vamos tentar descobri-los.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As mangueiras


A mangueira é uma árvore de grande porte, muito verde e bonita, capaz de gerar mangas, frutos grandes e saborosos.

No caminho das fazendas, era obrigatório uma paragem junto das mangueiras que ladeavam a picada. O pessoal da CART 3451, em cima das Berliet ou da Mercedes, apanhava as mangas e deliciava-se, comendo-as à navalha, por causa das fibras.
Este fruto tropical, era apreciado por quase todos, embora não o tivéssemos comido antes... agora, com o desenvolvimento dos transportes, a livre circulação de produtos, as mangas aparecem nos hipermercados e estão ao alcance de todos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Últimas do Lucunga

Fotografia: Filipe Botelho

José Bule
Uíge - 29 de Novembro, 2010

As ligações por estrada entre os 16 municípios da província do Uíge estão cada vez mais facilitados

O Governo do Uíge continua preocupado em melhorar as condições de vida da população. A circulação rodoviária está mais fácil com a recuperação de grandes extensões de estradas, o que permite um mais rápido e menos oneroso escoamento dos produtos agrícolas para os grandes centros de consumo. A rede hoteleira da província também cresce a um ritmo elevado e o abastecimento de energia eléctrica e água potável chega a um maior número de cidadãos. O sector industrial dá mostras de reanimação. Tudo junto permite uma vida melhor aos habitantes da provincia. A livre circulação de pessoas e bens já é um facto ao longo da estrada que liga o Negage ao Bungo, 31 de Janeiro e Damba. São 117 quilómetros de estrada asfaltada em excelentes condiçõews.As obras na estrada que liga o Uíge ao Mucaba, Damba e Maquela do Zombo, com 251 quilómetros, começaram em 2006 e devem estar concluída em 2011. Outra obra em curso é a da estrada que sai do Negage para o Quimbele, passando pelas sedes municipais do Púri e Sanza Pombo, e pela sede comunal de Macocola, município de Cangola. A estrada, cujas obras começaram em 2008, tem uma extensão 218 quilómetros. Estão a decorrer trabalhos em 194 quilómetros da estrada entre o Negage e o Lucala. Na província do Uíge estão em curso 972 quilómetros de estradas, no âmbito do programa do Executivo. Em 2005, começaram as obras de reabilitação da Estrada Nacional Nacional entre Kifangondo, Caxito, Uíge eNegage, com 371 quilómetros, 186 dos quais correspondem à província do Uíge, desde a ponte do rio Dange, zona limítrofe com a província do Bengo, até ao município do Negage.
Serviços de hotelaria
O sector hoteleiro ganhou outro rumo. A guerra impedia o progresso do sector, mas agora, depois da conquista da paz, vários projectos hoteleiros estão a ser executados. Nos últimos anos foram construídos 10 novos hotéis, oito pensões residenciais, igual número de restaurantes e 187 bares.Uma nova unidade hoteleira de referência, o Hotel Kwango, localizado na estrada que liga a cidade do Uíge ao Songo, é inaugurado nos próximos dias. O empreendimento tem 120 quartos e um condomínio habitacional. No final deste mês de Novembro, os municípios do Uíge, Maquela do Zombo e Negage começam a receber energia eléctrica a partir da barragem hidroeléctrica de Capanda. Os trabalhos, que consistem na montagem da linha de transporte e construção das subestações, estão já concluídos. Nesta altura o Governo Provincial desenvolve esforços para que, no próximo ano, a energia eléctrica proveniente da barragem hidroeléctrica de Capanda, na província de Malange, seja transportada também para os municípios do Bungo, Damba, Púri, Sanza Pombo, Milunga e Quimbele.O Governo projectou a construção de 37 mini hídricas para fornecer energia eléctrica aos municípios que não vão ser abastecidos pela barragem de Capanda. Oito destes projectos já foram aprovados pelo Ministério da Energia e Águas. A antiga estação de tratamento, captação e distribuição de água da cidade do Uíge, construída no período colonial, produzia seis mil metros cúbicos de água. A capacidade era insuficiente para satisfazer as necessidades dos 500 mil habitantes. Para minimizar a situação, o Governo construiu, recentemente, uma nova estação com capacidade para produzir oito mil metros cúbicos. São agora, no total, 14 metros cúbicos de água produzidos, que beneficiam mais de 200 mil habitantes do Uíge.As populações de algumas sedes municipais e comunais, aldeias e regedorias, também já têm água potável. O Governo Provincial, em parceria com ONG e a UNICEF, construíram sistemas de captação e distribuição de água potável nas comunidades.O “Projecto Água Para Todos” já chegou a algumas localidades dos municípios de Cangola, Púri, Songo, Bembe e Quitexe. Nas localidades de Nsosso (Damba), Quibocolo (Maquela do Zombo), Kinvuenga (Songo), Quisseque e Dimuca (Negage), Aldeia Quisseque Novo (Púri), Cuilo Pombo (Sanza Pombo), Lucunga (Bembe) e na sede municipal dos Buengas, o projecto está em curso. O objectivo é melhorar a condição de vida dos habitantes destas localidades.
Relançamento da indústria
O Executivo elaborou um programa de relançamento do sector industrial no Uíge. Na província o programa vai abranger os 16 municípios. O Negage, que vai albergar o pólo industrial da província, foi eleito como ponto de partida desta grande empreitada. Ainda no Negage, o Executivo pretende construir uma fábrica de chapas de zinco, uma serração, uma cerâmica, uma fábrica de produção de sumos e outra de tintas e vernizes. Negage conta já com uma cerâmica privada com capacidade para produzir mais de oito mil tijolos dia. Actualmente, uma empresa angolana investe mais de dez milhões de dólares para a construção de quatro unidades industriais, cujas obras prosseguem até ao ano de 2014. Uma das unidades vai produzir colchões de espuma e material de espuma para uso industrial, enquanto a outra deve produzir material de plástico para uso doméstico e industrial e tubos para a construção civil.A população do Uíge tem tudo para voltar a sorrir. Está em marcha acelerada a reconstrução de uma província que estava muito destruída. Uíge “corre” para voltar a ocupar o lugar que lhe pertence. Os mais de dois milhões de habitantes da província acreditam numa vida melhor.

O Fafe com o "ajudante da enfermaria"

(clicar na foto)

O jovem que acompanha o Fafe era um ajudante da enfermaria. As crianças do Lucunga passavam muito tempo junto da tropa, ajudavam, comiam, eram dóceis e amigos.

Chegou-nos a notícia de que há uma nova enfermaria no Lucunga, espero que também existam profissionais capazes de cuidar os doentes naquela terra, agora, mais habitada com os retornados do Congo.
Eram os feiticeiros que tradicionalmente cuidavam dos doentes, faziam-lhes tantas "patifarias" que acabavam com eles em pouco tempo. Recordo-me dum episódio na sanzala do Lucunga, em que o feiticeiro em 3 dias, matou o paciente.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Deputada Cidinha Campos



Era duma deputada como esta que os companheiros da CART 3451 e os portugueses em geral precisavam, capaz de desmascarar a cambada que nos governa...

domingo, 28 de novembro de 2010

O Miko mais o Cardoso

(clicar na foto)

Grande dupla de enfermeiros, o Miko e o Cardoso, comodamente instalados a ler. O mobiliário, como se pode ver, é de qualidade, fabricado a partir de caixotes e pipas.
Naquela época, o serviço militar era obrigatório, ninguém reclamava, usava-se o engenho e arte para nos acomodarmos melhor. A sobrevivência era a palavra de ordem.

sábado, 27 de novembro de 2010

Alouette III

Foi numa máquina destas que fui evacuado, durante uma operação, na serra da Mucaba.
A tensão era enorme, as minas anti pessoais obrigavam-nos a andar sempre a corta mato, com a sensação maluca de andar com os pés às costas...
Apesar de todos os cuidados, as minas foram fazendo vítimas no pessoal do Batalhão, o pessoal da CART 3451 teve sorte, muita sorte, basta recordar o episódio do Ferreira que accionou um engenho e só rebentou o detonador, fantástica a estrelinha da Companhia.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

DO 27

A DO27 era um avião militar que nos visitava com alguma regularidade no Lucunga, em missões de apoio à Companhia. Era um avião antigo que tremia muito quando levantava voo, parecia-me pouco seguro.

Em Fevereiro de 1972, o meu amigo Alf.Pilav. Victor Manuel Caldeira Pinto, morreu na Guiné, ao despenhar-se, quando pilotava uma DO27. Quando nos despedimos, uns meses antes, ele disse-me, ainda bem que escapei aos tiros indo para a Força Aérea. Afinal, o meu bom amigo de infância Caldeirita, acabou perdendo a vida ingloriamente na Guiné...maldita guerra.

domingo, 21 de novembro de 2010

Os bananais


Havia operações nas serras do Andimba e Mucaba com o fim de destruir bananais e não só...o objectivo, dificultar a sobrevivência ao IN.
Uma vez, andávamos há vários dias na Mucaba, debaixo de chuvas diluvianas quando apareceu a DO27 com o comandante operacional do Batalhão, major Alves de Sousa.
Prepotente, este senhor, mandou-nos subir para o topo da serra para destruir um bananal, esqueceu-se que estávamos esgotados, tínhamos acabado de descer a serra e já era tarde...deram-me ganas, vontade de o mandar bugiar...questionava-me, o que estou a fazer aqui ?
Recordações tristes duma guerra sem sentido.

sábado, 20 de novembro de 2010

O Fafe à civil

(clicar na foto)

Nesta foto, o Fafe andava à civil, pela sanzala da Lembôa, o que andaria ele a fazer naquelas paragens ?
Muito trabalho tivemos para o localizar, acabámos descobrindo a sua morada no Barreiro.
Os FALCÕES voaram para todos os lados.
O Álvaro Pacheco, "Fafe" é assim, apelidado por ser natural de Fafe. Na tropa, era um hábito, conhecer alguns companheiros pelo nome da sua terra.

Recordo o "Barcelos", um companheiro muito amigo, muito educado, sempre disponível, tinha um fraco pela bebida...dizia-me muitas vezes que bebia muito para esquecer, só bebendo aguentaria estar ali, naquela situação, no Lucunga. Infelizmente, este bom companheiro, já faleceu.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os 747B da TAP



Este foi o 747B da TAP que me trouxe de férias a Portugal, em Agosto de 1972.
Com o fim das colónias, aviões desta envergadura, deixaram de fazer sentido na frota da transportadora aérea nacional.
O 747B era um avião enorme, transportava 398 passageiros e vinte e tal tripulantes, um verdadeiro gigante dos ares.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Miss Angola

(clicar na foto)
Em Angola sempre houve apetência para concursos de beleza, tanto no período colonial como agora.
A foto, para alegrar os companheiros da CART 3451, é da nova "miss Angola".
Em Angola, na época colonial, os povos do interior e não só, usavam o "Alambamento", uma prática em que cada homem, podia ter as mulheres que pretendia assim, tivesse dinheiro para pagar o dote à família da noiva.
É de esperar que em Angola, não aconteça a prática tristemente oficializada em Portugal de casamentos entre gente da mesma espécie...isso só acontece em países decadentes, com políticos híbridos, como o nosso.

domingo, 14 de novembro de 2010

O Fafe e o Ferreira

(clicar na foto)

Mais uma foto do Fafe, desta vez acompanhado pelo Ferreira. O que será feito do Ferreira ? Nunca mais soubemos dele embora, tenha sido localizado e contactado através do convite para o ENCONTRO 2010, infelizmente, nada disse.

Há muitos companheiros com os quais perdemos o contacto, importa avisar toda a gente que a CART 3451 tem mobilização anual, por volta do 1º sábado do mês de Março.

sábado, 13 de novembro de 2010

O Sousa e o capim

(clicar na foto)



Mais uma foto do Sousa, com o seu ar de menino de vinte e poucos anos.

Ao redor deste companheiro podemos ver o capim, a vegetação que envolvia o Lucunga. Na época das queimadas, ardia rapidamente, proporcionando espectáculos impressionantes.

No Lucunga, o capim era cortado com regularidade até ao arame farpado, quando começava a rebentar apareciam veados e afins a pastar... era bonito.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

As potentes máquinas da guerra

(clicar na foto)

Os helicópteros visitavam o Lucunga regularmente por motivos diversos, patrulhavam a bacia do rio M'bridge utilizando forte aparato bélico, o heli-canhão. Também faziam evacuações e transportavam pessoal para operações.

As máquinas voadoras eram motivo de curiosidade de todos os companheiros, na foto, podemos ver entre outros o Russo, Matos, Fafe, Santos Silva.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cabo Verde-Terra de companheiros



Muitos dos companheiros da CART 3451, eram oriundos de Cabo Verde, gente amiga e colaborante, alguns aparecem nos encontros anuais, Martins, Veiga, Cabral, da maior parte infelizmente, nada sabemos.
Recordo o Inácio, Capistrano, Cardoso, Silva, Lopes, Malaquias, Tavares, Ferreira pessoal do 4º GC.
Recentemente falei pelo telefone com o Félix, estava com o Sousa, vive em Cabo Verde, está bem, com a genica de sempre.

domingo, 7 de novembro de 2010

2º Encontro da C.Caç.106-Lucunga-Angola 1969/70



A 5 de Maio de 2007 realizou-se o 2º Encontro da C.Caç 106-Lucunga-Angola 1969/70 nas Caldas da Rainha.
Não há registo do 1º Encontro da C.Caç. 106 assim, este vídeo encerra o ciclo de vídeos dedicados à C.Caç. 106.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

3º Encontro da C.Caç.106-Lucunga-Angola 1969/70



3º Encontro do pessoal da C.Caç.106-Lucunga-Angola 1969/70, realizado em Carcavelos a 12 de Julho de 2008.
Mais um bom trabalho do Adelino Almeida, parabéns.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

C.Caç. 106 - Lucunga - Angola 1969/70


(com som)
Tocou a reunir, a C.Caç. 106 - Lucunga - Angola 1969/70, o evento decorreu no dia 30de Outubro pp, nas Caldas da Rainha, o autor do vídeo é o companheiro Adelino Almeida que merece parabéns pelo trabalho desenvolvido.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O nosso blogue


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As visitas ao nosso blogue são animadoras, a contagem começou a meados de Março e estamos a chegar ao acesso 6.000.

Tenho pena que os companheiros não colaborem mais, vão aparecendo e isso já satisfaz. Recordo que o principal objectivo do blogue é que haja um ponto de contacto para todos que fizeram parte da CART 3451, para todos os FALCÕES do BART 3860 e para aqueles que um dia passaram pelo Lucunga, durante o período da guerra colonial.

sábado, 30 de outubro de 2010

As máquinas

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Muita protecção fizemos às máquinas que abriram e melhoraram picadas na zona do Lucunga.
A foto foi tirada mais ou menos a meia distância entre a picada para as fazendas e o rio Coji.
Várias peripécias aconteceram nesta zona, foram dias incríveis de nostalgia, de revolta por estar ali... o sol escaldante, a falta de água...enfim, situações para esquecer.

Uma das histórias naquele sítio, passou-se com 5 ou 6 companheiros que pediram para ir à água, um deles era o Veiga.
Bem armados, lá foram...passou o dia, passou a noite, nunca mais apareciam, comecei a entrar em pânico, até que chegaram exaustos...tinham calculado mal a distância e a demora foi grande...apanhei um enorme susto mas, tudo acabou bem, coisas malucas, numa guerra sem sentido.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O nosso ENCONTRO 2010

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Na mesa em primeiro plano, temos o Soares, o Pexirra e o Ferreira. Na mesa do fundo, temos de costas, com camisola azul, o Comandante da CART 3451 Gil da Silva, ao seu lado direito estou eu.

A sala é o stand de vendas da AUTO JÚLIO, SA, empresa do nosso companheiro António Júlio Guedes de Sousa.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Jindungo


O jindundeiro é a planta do jindungo. O jindungo é muito utilizado na culinária angolana, nos mercados que se faziam na área da Lembôa, havia imenso jindungo à venda. de vários tamanhos qual deles o mais picante.

Na Lembôa, o administrador era indiano, muitas vezes comi em sua casa o famoso "sarapatel", prato da ex-Índia portuguesa altamente picante, sempre bem regado com Cuca ou Nocal, bem fresquinha.

domingo, 24 de outubro de 2010

O jardim do Lucunga

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O pessoal da CART 3451 melhorou muito as condições de vida no Lucunga. Promovemos segurança para que se fizessem picadas e se construísse a ponte sobre o rio Coji. Fizemos o abastecimento de água, construimos um depósito/torre de vigia, obra de elevada envergadura.

Além das grandes obras, a Companhia promoveu pequenas obras para melhorar o conforto da rapaziada, entre elas, fez um jardim em frente à messe.

A foto foi tirada nesse jardim, o mobiliário era cómodo, feito a partir de barris e caixotes, engenho e arte nunca faltou aos FALCÕES. Uma curiosidade, o livro que estou a ler, era da autoria de Mário Soares, na época exilado político de luxo, em Paris.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Escudo de Angola


A moeda corrente em Angola, era o Escudo de Angola, não transaccionável fora do país. Sempre que o pessoal precisava de outra moeda, nomeadamente do Escudo de Portugal, tinha de recorrer à candonga.

Em todo o lado se fazia a troca da moeda papel, a Baixa de Luanda era o local privilegiado para essas operações ilegais, a cotação variava em função de factores conjunturais, havia gente que se dedicava em exclusivo a essa actividade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carmona - Hotel Apolo


O centro da cidade de Carmona é familiar ao pessoal da CART 3451, quando lá passávamos comíamos no restaurante em frente ao Hotel Apolo ou numa casa de pasto, ao fundo da rua. Ainda hoje me recordo dum almoço na casa de pasto, num jardim das traseiras, muito agradável, comi umas sardinhas assadas de barrica com cebola picada que me deliciaram.

Quando passava uns dias em Carmona ou passava por lá, era no Hotel Apolo que ficava, na época uma boa unidade hoteleira, quando era possível passava umas tardes na piscina de Carmona, um sítio fresco, bonito e muito agradável.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Igreja da Damba

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Certamente, o pessoal da CART 3451 lembra-se da igreja da Damba, ao seu redor havia e provavelmente ainda existem, campas de vítimas da guerra, algumas de militares portugueses.

Hoje em dia, a evangelização passou a ter sentido contrário, há vários padres angolanos, em Portugal, um deles é o padre Simão Vicente, natural do Uíge (Carmona) que tem a seu cargo a paróquia do Sebal, freguesia do concelho de Condeixa-a-Nova. É uma pessoa muito simpática com grande aceitação junto dos paroquianos e cumpre muito bem a sua missão.

sábado, 16 de outubro de 2010

Recordar é viver

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Mais uma foto do Fafe, tirada no Lucunga, o cenário parece-me a horta, da esquerda para a direita, Cipriano (?), Firmino, Ferreira, Fafe e o Coelho, grandes amigos e companheiros.

O ENCONTRO 2011, em Tomar, será organizado pelo Ferreira, o companheiro do meio, nesta foto.
O Ferreira um homem de sorte, accionou uma mina anti-pessoal e só rebentou o detonador, a "estrelinha" da CART 3451 sempre a funcionar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O amendoim/jinguba

O amendoim/jinguba é outro produto importante na dieta alimentar dos habitantes do Lucunga, o povo kimaquende.

As potencialidades agrícolas na zona do Lucunga e Lembôa são enormes, o clima é propício, os solos são virgens e ricos, capazes de grandes produções sem utilização de fertilizantes, o povo necessita de incentivos recebendo apoios, meios de produção, formação e escoamento dos produtos, penso que o governo está providenciando.

Em Angola não pode haver fome, a terra é generosa, só precisa de ser trabalhada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Sousa em Cabo Verde

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Recebi hoje, uma chamada do nosso companheiro Guedes de Sousa, oriunda da Guiné-Bissau.
O Sousa irá amanhã para Cabo Verde, pretendia os contactos do nosso companheiro Félix que vive na cidade da Praia.
Espero que se reencontrem, matem saudades dos bons momentos vividos em conjunto, os amigos nunca se esquecem, daqui lhes envio um grande abraço.

Na foto, 4 companheiros confraternizam, da esquerda para a direita, temos o Cardoso, Félix, Nunes e o Sousa.

Monumento da C.Caç 1495


Este foi o monumento deixado no Lucunga pela C.Caç. 1495, as fotos foram tiradas em ângulos diferentes. A CART 3451 também deixou os seus monumentos no Lucunga e na Lembôa, era costume as companhias deixarem uma marca da sua estadia naquelas paragens.
Provavelmente os monumentos já não existem, a guerra civil que se seguiu após a independência, foi muito violenta mas, a história não se apaga, a nossa presença naquelas terras aconteceu.
Fotos desviadas do blogue da C.Caç. 1495.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Damba



A foto é actual, a placa anuncia a Damba, a estrada é a antiga e famosa picada, "itinerário livre" que liga Angola ao Zaire.

As distâncias, num país enorme como Angola, são grandes, 197 kms até Uíge (antiga Carmona) e 104 kms até Maquela do Zombo.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ração de combate

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Comer dia após dia a ração de combate, era uma violência. O calor, o esforço físico, a tensão devido aos perigos da mata e do IN, a falta de água, tudo servia para nos tirar o apetite.

Um dia encontrei uma forma de minimizar o problema, encomendava uns frangos assados ao Moço, civil que entretanto se instalou no Lucunga, levava uns pães e umas garrafas de Dão Tinto "Terras Altas" e a mata suportava-se melhor.

O problema de sempre eram as noites passadas em claro, na mata nunca consegui dormir, ficava completamente arrasado fisicamente.

Na foto, recordo-me, estava a comer a ração de combate, à minha frente o Brás fazia o mesmo, a determinada altura, depois de comer, recostou-se, sentiu uma coisa passar-lhe por uma das mãos depois na outra, deu um salto assustado...era uma cobra.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os políticos que temos




Os políticos do nosso país deviam ter o comportamento dos seus homólogos suecos, Portugal seria um país mais justo e próspero, os companheiros da CART 3451, viveriam melhor.
Acontece infelizmente, que os nossos políticos são oportunistas,sem escrúpulos, cheios de mordomias, distantes do povo...com gente desta, caminhamos para a ruína.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

C.Caç.106


Caros companheiros e amigos:
"Lá mais para diante, diremos mais alguma coisa" . Foi isso que disse o Manuel Patrício!... Pois bem, cá estamos não só a relembrar que o nosso encontro é já no dia 30 do corrente. Quanto aos contactos também já sabem, mas nunca é de mais relembrar também: Telem. 917214050 Manuel Patrício.Segue em anexo um mapa, ou melhor (3) para melhor localização do evento. Entretanto, aqui deixamos umas dicas para não se perderem....Para quem venha do Norte, o melhor é a A1 até Leiria. Depois, quase em frente ao Continente apanha a A8. Aqui irá sair onde diz CALDAS DA RAINHA - TORNADA. Depois desta saída há uma ROTUNDA onde deve virar à esquerda. Sempre em frente até encontrar à direita o CALDAS INTERNACIONAL HOTEL. O RESTAURANTE MILLENIUM faz parte do Hotel. E pronto, é aqui o nosso encontro.Uma boa viagem, e até lá
C.Cac.106-Lucunga 1969/70

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Burro de mato

Na bacia do rio M'Bridge existiam muitas manadas de "burros de mato", sempre que havia caçadas era inevitável, o "burro" aparecia na ementa e a Companhia tinha de o gramar.

A sua carne é pouco suculenta, embora saborosa, o pessoal reclamava sempre que o via no prato mas, nada a fazer, as alternativas eram poucas.

Houve até quem fizesse uns versos, fazendo chacota do bicho, aproveitando para protestar pela constante presença da sua carne no prato dos FALCÕES.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O jogo e as bebidas


Para manter a tropa animada, as bebidas eram coisa que não faltava, a foto mostra algumas garrafas normalmente despejadas no "katorze", durante as famosas jogatanas de póker.
Quem nunca participou nestas "leviandades" foi o Nogueira apesar do seu quarto estar nas traseiras do bar.
Os grandes jogadores eram o Gil e o Lopes, a fama do jogo chegou longe... quase nos atirou para um acampamento, na serra da Mucaba, safámo-nos a tempo.

sábado, 2 de outubro de 2010

Portugal virou anedota

Portugal passou a "anedota" governado por gente mentirosa e desonesta, em que estes "palhaços" e o País são achincalhados e servem de entretenimento ao mundo.
(o resultado está à vista)
Se isto não fosse triste, dava vontade de rir.

Ora veja:

http://www.youtube.com/watch?v=BvFz1QWhLok&feature=player_embedded

Perdemos nós a juventude em prol de Portugal... agora, o país bate no fundo, gozado por esse mundo fora, uma vergonha.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Novas do Lucunga


30-09-2010 18:49
Uíge-Sector socioeconómico conhece melhorias no Bembe

Bembe - O administrador do município do Bembe, província do Uíge, José Bunga Alberto, disse hoje que a região tem registado avanços significativos no sector social e económico, no quadro do programa integrado de desenvolvimento e combate à pobreza.

Falando à Angop, José Bunga Alberto afirmou que o município ganhou em 2009 infra-estruturas sociais de raiz, como escolas primárias, I e II ciclos, postos, centros de saúde e residências para os funcionários, na sede e nas comunas de Lucunga e Quimaria, além de regedorias e aldeias de maior aglomeração populacional.

Apontou o fornecimento da água potável e energia eléctrica, através de um grupo gerador com capacidade de 380 kva, a reabilitação das estradas e do centro materno infantil, a instalação da rede operadora móvel Unitel na vila, como outras acções em curso.

José Bunga Alberto disse ainda que para o combate à fome e pobreza na circunscrição a população tem vindo a envidar esforços no fomento da produção agrícola, criando associações e cooperativas de camponeses, além de outras organizações familiares de agricultores.

"Existe muitos produtos alimentares já produzidos e que necessitam de escoamento, mas o mau estado das estradas terciárias e a falta de meios de transportes dificultam o processo, principalmente nas áreas de Wando Nsundi e Quimaria", explicou.

Para colmatar as dificuldades da população, acrescentou, o governo está a trabalhar na melhoria das estradas, lembrando que o aumento da produção agrícola numa região passa necessariamente pela reabilitação das vias de acesso e pela criação de mercados rurais.

O município do Bembe localiza-se a 135 quilómetros a Norte da cidade capital da província e possui duas comunas (Lucunga e Quimaria), 19 regedorias 118 aldeias.

Tem uma população estimada em 40 mil habitantes, que produzem mandioca, amendoim, banana, batata-doce e rena, cana-de-açúcar, laranja, abacaxi, feijão, milhos e horticulturas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A rainha Ginga

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É imensa a fama da Rainha Ginga que viveu no centro de Angola na primeira metade do séc. XVII e ficou célebre, primeiro pela sua crueldade e imoralidade, e depois pela sua espectacular conversão à Fé Católica, em que tinha sido baptizada no início da idade adulta. Até há pouco tempo, porém, a sua fama só foi divulgada através de obras de ficção, faltando quase totalmente o estudo histórico da sua figura. Não admira assim que a Rainha Ginga se tenha transformado numa figura mitológica.
Dois mitos principais se formaram em torno da sua figura. O primeiro foi o da “santidade” da senhora, espécie de milagre propagado pelos missionários da altura, que apregoaram por todo o mundo a sua conversão de novo ao catolicismo. Um exame sumário dos acontecimentos revela logo que a “conversão” da Rainha teve em vista a aliança com os Portugueses, ajudada pelo apoio dos missionários que se encontravam na Matamba, os Capuchinhos italianos.
O segundo mito, mais recente, é o da figura patriótica, a Rainha querida do seu povo, que passou a vida lutando contra os colonizadores portugueses, defendendo a independência do seu povo. Também este mito não resiste a um estudo sumário. Ginga combateu os portugueses aproveitando-se da ferocidade dos aliados Jagas e possivelmente não era a Rainha querida dos seus súbditos que o mito representa. Nunca lhes deu boa vida, mas sobretudo sucessivas guerras com os portugueses e os aliados destes. Joseph A. Miller constatou em 1969 que a Rainha Ginga estava totalmente ausente das tradições orais da população actual das zonas onde viveu.
Entretanto, no séc. XX, foram publicitados textos que permitem conhecer a biografia e a personalidade dela com bastante detalhe.

É na Rua Rainha Ginga que podemos encontrar o nosso bom companheiro e amigo, Cardoso, um grande abraço para ele.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A mandioca



Convém conhecer melhor a mandioca, a imagem mostra o famoso tubérculo.
O seu valor nutritivo é grande, o tubérculo foi introduzido em África para combater a fome, devido às suas características, passou a ser o alimento base do povo angolano.
A mandioca é um alimento bastante energético, contém, ainda, razoáveis quantidades de vitaminas do Complexo B, principalmente Niacina e minerais como o Cálcio, Fósforo e Ferro participam da formação dos ossos, dentes e sangue. Conforme o tipo, a polpa da mandioca deve apresentar cor branca ou amarelada uniforme e a casca deve soltar-se com facilidade. Mas, mesmo de boa qualidade, convém conservar a mandioca por apenas 2 dias quando fresca. No entanto, descascada e coberta com água numa vasilha, ela dura por mais tempo, assim como, depois de cozida. O período de safra da mandioca vai de Janeiro a Julho.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais condução

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Quando chegámos ao Lucunga recebemos um parque auto caquéctico, "burros de mato" decrépitos e GMCs da 2ª guerra mundial, inadequadas às picadas e perigosas para quem nelas viajava.

Recordo-me que numa coluna de volta à Lembôa, após o reabastecimento no Lucunga, a GMC não aguentou uma subida, como os travões não funcionaram , veio em correria louca de marcha atrás, até cair numa ravina. Foi uma sorte incrível, o pessoal saltou a tempo, ninguém se feriu... a "estrelinha" sempre com a 3451.

Na foto estou a conduzir um Jeep, na pista do Lucunga...provavelmente andava a treinar para fazer exame de condução, em Carmona.