03-08-2011 14:41
Autoridades tradicionais satisfeitas com o grau de desenvolvimento do Bembe
Uíge - As autoridades tradicionais do município do Bembe, província do Uíge, manifestaram hoje (quarta-feira) a sua satisfação com a construção e reabilitação de diversas infra-estruturas sociais, que estão a melhorar as condições de vida da população.
Em declarações hoje à Angop, o presidente da Associação das Autoridades tradicionais do Bembe, Adão Garcia, disse que o município está a conhecer passos importantes para o seu desenvolvimento sócio económico com o surgimento de várias obras de construção.
Como disse, estão a ser reabilitadas as estradas principais, secundárias e terciárias, instalação de postos de energia eléctrica para iluminação pública na sede do município, construção do sistema de captação, tratamento e abastecimento de água potável, melhoramento de qualidade dos serviços de saúde, entre outras acções que garantem o progresso e a satisfação no seio dos habitantes na região.
"Várias escolas primárias, do I e II ciclo do ensino secundário, postos e centros de saúde, residências para os funcionários públicos e outras infra-estruturas, foram construídas nos últimos dois anos nas diversas localidades do município", reconheceu.
Adão Garcia lembrou que a construção do hospital municipal na sede, com capacidade para 70 camas, com um bloco operatório, medicina geral, maternidade, pediatria, banco de urgência e outros compartimentos são acções que têm melhorado significativamente o atendimento de centenas de pacientes oriundos dos diversos pontos do município.
Adolfo Pedro Panzo, outro regedor da localidade do Bonde que dista à sete quilómetros à nordeste da sede do município do Bembe, realçou que a implementação do Programa Integrado Municipal para Desenvolvimento Rural e Combate à Fome e à Pobreza incentivou a criação de cooperativas, associações de camponesas e pequenas empresas agrícolas na região.
Segundo ele, na sua regedoria, estão controladas quatro associações camponesas compostas por 140 membros distribuídas nas localidades de Quimpemba, Culo, Quienze e Bonde, que produzem mandioca, ginguba, feijão, batata-doce, banana, abóbora e outros produtos agrícolas.
"A criação de associações camponesas e pequenas empresas agrícolas nas localidades tem vindo a contribuir positivamente na redução da fome no seio das famílias bem como no progresso sustentável da região", disse o regedor.
O soba da localidade de Quincanga, regedoria do Quiloge, António Afonso comparou que anteriormente a população da localidade percorria centenas de quilómetros a pé, devido ao avançado estado de degradação que as vias de acesso apresentavam, mas, actualmente os habitantes circulam a vontade e escoam os seus produtos com facilidade para os centros de comercialização.
António Afonso lembrou que, a estrada principal que liga o município do Songo à sede do Bembe e que passa pela sua localidade, foi feita em 1913 pelos primeiros portugueses e só beneficiou de terraplanagem em 2009, facto que está incentivar os habitantes a apostarem no aumento da produção agrícola, visto que actualmente os habitantes já podem comercializar seus produtos alimentares localmente.
O município do Bembe, situado a 135 quilómetros a norte da cidade capital da província do Uíge, está composto por duas comunas, Lucunga e Quimaria, 19 regedorias, 118 aldeias com uma população estimada em cerca de 41 mil habitantes maioritariamente camponeses.
Produzem a ginguba, batata-doce, mandioca, feijão, ervilha, cana-de-açúcar, café, laranja, tangerina, abacaxi, abacates, hortícolas e outros produtos alimentares.
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